A Empresa Força e Luz do Norte iniciou, em 1911, a instalação de uma hidrelétrica na cachoeira dos Freires, situada no rio Tietê, em Salesópolis - SP. Foram construídas uma barragem, uma casa de máquinas e uma casa para o operador da usina. Trazido de navio, todo o maquinário da usina foi importado da Alemanha. Inaugurada em 1913, a hidrelétrica gerava energia para cidades como Mogi das Cruzes, Salesópolis e Caçapava. Em 1927, a Força e Luz do Norte foi comprada pela The São Paulo Light & Power, que promoveu várias obras de ampliação e modernização da usina. Nas décadas de 1930 e 40, outras quatro moradias foram construídas, formando uma vila residencial. Em 1981, a Light deu lugar à Eletropaulo. Mas o modelo energético brasileiro do período, baseado nas grandes hidrelétricas, provocou a desativação da pequena usina em 1988. Em 1998, a Usina de Salesópolis foi doada para a Fundação Energia e Saneamento, que iniciou as obras de restauro do conjunto. Em março de 2008, a usina voltou a gerar energia.
O Museu da Energia de Salesópolis está instalado em um parque de 156 hectares formado por trechos remanescentes da Mata Atlântica. O Museu abriga uma usina hidrelétrica que completou 100 anos em 2013, instalada às margens do rio Tietê, na região próxima de sua nascente. O espaço oferece atividades educativas e culturais, com visitas orientadas e trilhas, tratando de questões sobre energia e meio ambiente. A Usina de Salesópolis foi doada em 1998 para a Fundação Energia e Saneamento, que iniciou as obras de restauro do conjunto. O Museu da Energia de Salesópolis foi inaugurado em 2000. Em março de 2008, a usina voltou a gerar energia, e, em maio de 2014, teve a geração encerrada em virtude de rompimento de adutora e finalização de contrato com a empresa geradora. No momento, a Fundação já estabeleceu novo contrato com nova companhia geradora e aguarda finalização de obras de readequação para reativar a PCH.
Atualmente, o Museu apresenta a exposição "A Cidade e a Usina" (temporária). A unidade oferece diversas ações educativas para grupos e escolas, além de realizar projetos externos e parcerias com outras instituições culturais e não governamentais, em especial voltadas às questões de meio ambiente, tais como a The Nature Conservancy (TNC) e a Associação dos Recicladores da Estância Turística de Salesópolis (ARES).
Da área total do Museu, 21 hectares são ocupados pelo reservatório da Pequena Central Hidrelétrica de Salesópolis, e 135 hectares por remanescentes de floresta ombrófila em diferentes estágios de regeneração natural, e área de plantação de pinus, o que permite ao visitante caminhar pelas trilhas existentes, além de percorrer os roteiros que apresentam a geração de energia e a importância da água para a produção hidrelétrica.
De uma forma geral, trata-se de uma área de domínio de Mata Atlântica bastante preservada, rica em fauna e flora e que tem se estabelecido como um ponto de interesse para a prática da observação de aves. Desde 2012, já foram observadas, fotografadas e catalogadas mais de 300 espécies de aves no território do Museu, entre elas o bicudinho-do-brejo-paulista, ave endêmica do Alto Tietê, descoberta em 2014 e já integrante da lista de espécies ameaçadas de extinção. Durante a estiagem de 2015/2016 que afetou, entre outros mananciais, o sistema Alto Tietê, a cidade de Salesópolis foi poupada do problema da falta de água, pois a represa do Museu da Energia, de forma geral, durante o período, próxima de sua carga total, localizada a 12 quilômetros da nascente do Rio Tietê e circundada por mata ciliar, garantiu o abastecimento dos 11 mil habitantes que vivem na área urbana da cidade.
"A Cidade e a Usina" - mostra reúne textos e fotografias históricas de Salesópolis e de sua Pequena Central Hidrelétrica, buscando rememorar alguns dos marcos significativos da trajetória da cidade e de sua centenária usina.
"Projeto Aprendendo a Reciclar" - realizado nas escolas públicas de Salesópolis, o projeto promove a realização de palestras, gincanas de arrecadamento de materiais recicláveis e trilhas ecológicas junto ao público escolar, tendo contribuído para o aumento médio de 20% na coleta seletiva municipal.